Como os assaltos no Mar Vermelho afeta o mercado?
Grandes transportadoras e petrolíferas estão sendo ameaçadas por conta dos ataques a navios que estão ocorrendo no Mar Vermelho. Os assaltos acontecem por parte do grupo Hutis, que alegam tomar tais atitudes como forma de retaliação por conta dos ataques de Israel na Faixa de Gaza.
Isso fez com que diversas companhias desviassem suas rotas, evitando o Mar Vermelho para poupar os conflitos. Porém, a mudança de rota também tem causado atrasos no comércio internacional, além das altas nos preços.
Impactos globais
O fato é que a economia global já sente os impactos causados pelo conflito. O Canal de Suez, por exemplo, é a principal conexão entre a Ásia e a Europa, e costuma receber cerca de 50 navios por dia. Segundo o The New York Times, cerca de 32 dos navios que atravessavam a região diariamente, agora estão realizando uma nova rota, que, consequentemente, causará um grande impacto no aumento de preços.
A importância do canal é indiscutível, já que os navios que atravessam a região economizam mais de 9 mil quilômetros, de acordo com a instituição World Maritime Transport Council (WSC), representante das principais empresas de transporte marítimo de carga. Além disso, 12% do comércio global também utiliza o canal para suprir demandas internacionais.
A resposta das companhias
Diversas empresas de transporte naval já afirmaram que vão realizar uma pausa por tempo indeterminado em suas rotas pelo Mar Vermelho. A situação já fez com que itens como gás e petróleo sofressem um aumento.
O impacto, além de fazer com que as viagens sejam mais longas, também fará com que diversos suprimentos sofram atrasos em suas entregas, além do maior consumo de combustível, segundo a CBN News.
Com isso, os navios farão uma nova rota, contornando a África e, de quebra, ainda trarão uma nova cobrança para seus consumidores, buscando deixá-los mais seguros: o aumento do seguro para cargas e navios. Algumas empresas já estão cobrando de 50 a 100 dólares por contêiner por conta do chamado “risco de guerra”.
Vale ressaltar que, em casos de conflitos como esse, a agência de cargas busca sempre trazer a melhor solução que estiver ao seu alcance para seguir prestando seus serviços para os clientes, porém, em uma situação de guerra, é preciso entender que é algo que foge da responsabilidade dos cargueiros.
A Safe Logistics se solidariza com a situação e deseja que a mesma seja normalizada o mais breve possível.