O crescimento da produção posiciona o etanol de milho como novo protagonista da pauta exportadora brasileira
O etanol de milho brasileiro vive um momento de virada estratégica. Em 2025, o país alcançou a autossuficiência no abastecimento interno, com mais de 6 bilhões de litros produzidos por ano, e passou a mirar de forma objetiva os mercados internacionais. O movimento consolida o Brasil como a segunda maior potência global em etanol de milho, atrás apenas dos Estados Unidos.
Com novas usinas em operação e um cenário regulatório favorável, o setor projeta avanços importantes na logística de exportação. Países como Japão, Coreia do Sul, União Europeia e Estados Unidos aparecem entre os principais destinos potenciais, estimulados por políticas ambientais, exigências por biocombustíveis e acordos de descarbonização.
O avanço do etanol de milho exige do Brasil uma estrutura logística cada vez mais eficiente: desde o transporte interno de granéis líquidos até o escoamento pelos portos. A consolidação desse mercado passa, portanto, por investimentos em terminais especializados, armazenagem segura e processos digitalizados que reduzam gargalos operacionais.
Esse novo capítulo do agronegócio brasileiro também representa uma ampliação qualitativa da pauta exportadora. Diferente de outras commodities de menor valor agregado, o etanol de milho leva ao exterior não apenas volume, mas tecnologia, sustentabilidade e energia limpa, reforçando o papel do Brasil como fornecedor estratégico para grandes potências.
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“Brazil raises biofuel levels, sees gasoline self-sufficiency” – Reuters
“Brazil corn ethanol boom covers demand as country hikes biofuel mandate” – Reuters