balança comercial 2023

julho 7, 2025

China investe no maior terminal de grãos fora do seu território

Entenda como o novo terminal de grãos em Santos impacta a logística, a competitividade e o protagonismo do Brasil nas exportações para a China.

O Porto de Santos, já reconhecido como o principal ponto de saída das commodities brasileiras ganhará, até 2026, o maior terminal de exportação de grãos fora do território chinês. O projeto, liderado pela COFCO International, representa um marco para a logística do agronegócio e reforça a posição do Brasil como fornecedor estratégico de soja e milho. Ao mesmo tempo, o governo federal e a iniciativa privada aceleram aportes em infraestrutura portuária, preparando o país para uma nova etapa de competitividade internacional.

1. O projeto da COFCO em números

Em primeiro lugar, vale destacar a dimensão do investimento. De acordo com a agência Reuters, a COFCO duplicará sua capacidade atual de 4,5 milhões para 14 milhões de toneladas anuais no terminal STS11. A estatal chinesa também vem ampliando sua equipe no Brasil, especialmente nas regiões produtoras do Centro-Oeste, o que indica um compromisso de longo prazo com o escoamento das safras brasileiras.

2. Por que Santos?

Além da localização privilegiada, Santos já concentra grande parte da corrente de exportação de grãos. Entretanto, o aumento de capacidade reduzirá gargalos, melhorará a previsibilidade de embarques e tornará a cadeia mais eficiente. Consequentemente, produtores, tradings e operadores logísticos terão maior segurança para planejar volumes e prazos.

3. Investimentos públicos e privados em 2025

Paralelamente, o governo estima R$ 1,7 bilhão em recursos públicos para modernizar portos em 2025, enquanto o setor privado projeta R$ 18 bilhões em obras e equipamentos. Entre as prioridades estão digitalização, ampliação de calados e leilões de 42 novos terminais até 2026. Dessa forma, o ambiente logístico tende a se tornar mais competitivo e alinhado às exigências de grandes compradores externos.

4. O que muda para a cadeia exportadora

  • Capacidade – mais espaço para embarcar volumes crescentes, especialmente na alta da safra.
  • Eficiência – menor tempo de espera nos berços e redução de custos portuários.
  • Diversificação – possibilidade de novas rotas ferroviárias e rodoviárias integradas ao corredor Santos–Centro-Oeste.
  • Competição – maior disputa por slots e tarifas mais agressivas entre terminais.

Em suma, a construção do terminal da COFCO em Santos fortalece a relação comercial Brasil–China e impulsiona investimentos que beneficiam toda a cadeia logística. À medida que a infraestrutura melhora, os exportadores ganham agilidade e previsibilidade, dois fatores indispensáveis para manter a competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.

Para operadores e agentes de cargas, o cenário exige planejamento estratégico e parceria com players que entendam a complexidade de um porto em constante expansão. Estar preparado agora é garantir espaço nas futuras janelas de embarque.

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